Um ano depois do início da invasão da Ucrânia pela Federação Russa, o LIVRE reforça a sua condenação desta invasão sem fim à vista e das ações da Rússia de Vladimir Putin.
O povo ucraniano continuará a lutar porque a sua luta é uma luta pela sobrevivência. Por essa razão, o governo russo e Vladimir Putin são os únicos com capacidade para parar esta guerra; e esta diferença é essencial de recordar a todos quantos apelam a uma paz que implica a desistência dos ucranianos. É também por esta razão que é essencial que a comunidade internacional condene sem reservas a agressão russa e permita à Ucrânia as condições de defesa da sua população, da sua autodeterminação e da integridade do seu território.
Nesse quadro, o governo português tem tido uma posição semelhante à maioria dos restantes governos europeus, sem assumir particular destaque. A exceção positiva pode e deve assinalar-se no projeto de reconstrução de escolas na Ucrânia, para o qual o nosso país está vocacionado e que quis assumir.
Por outro lado, a guerra da Ucrânia coloca a União Europeia perante a evidência da necessidade de ganhar autonomia estratégica ao nível das relações internacionais, incluindo na área da defesa e segurança, reduzindo a nossa dependência face aos Estados Unidos da América e à NATO, algo que apenas poderá acontecer com um aprofundamento do artigo 42.º, n.º 7 sobre defesa mútua e do artigo 7.º relativo à defesa do Estado de Direito, do Tratado da União Europeia.
Estas, bem como as consequências de alargamentos futuros da UE, nomeadamente à Ucrânia, são questões fundamentais para o LIVRE e sobre as quais temos questionado o primeiro-ministro por diversas vezes no parlamento, mas que não têm merecido da parte do Governo a importância devida e que deixarão o país mal preparado para se reinventar e enfrentar tais transformações.