Candidato por Coimbra

Naturalidade

Leiria

Local de Residência

Coimbra

Nacionalidade

Portuguesa

Profissão

consultor organizacional

Apresentação Pessoal

O que me move na política são as pessoas. A minha posição face ao eterno debate da esquerda – i.e., se a “revolução” deve operacionalizar-se no seio do sistema vigente ou se, pelo contrário, há mais ganho em fazê-la ao arrepio das instituições – é clara: só paulatina e serenamente é possível mobilizar e operar uma transformação social e civilizacional útil, se aspiramos a que ela seja relevante para as pessoas a quem propõe servir, e, mais importante, se não queremos que o custo de tal transformação seja superior ao seu benefício. Tal não deve, contudo, servir de justificação para que nos entreguemos ao imobilismo – a luta política pelas causas progressistas não só faz sentido como é fundamental ao avançar de uma sociedade mais articulada, funcional e fraterna. As estruturas adequadas à nossa governação coletiva, resultado de uma aprofundada reflexão de regime, existem – apresentam, contudo, algumas fragilidades estruturais que as põem à mercê de saque institucional. É, por isso, fundamental repensar as formas atuais de funcionamento democrático e intervenção política, promovendo uma aproximação dos cidadãos às instituições.
Com formação na área da psicologia organizacional, desempenho atualmente funções como consultor organizacional externo. O meu percurso profissional tem servido para me confirmar que perspetivar as pessoas como sendo o ativo mais importante das organizações não configura apenas um chavão – é a mais pura das realidades. Paralelamente, o meu entrosamento com o LIVRE remonta a 2019, altura em que me envolvi na vida do partido ao ser um dos seus candidato às eleições legislativas desse ano. Desde então, o apelo de construir diariamente o partido não mais me abandonou; nessa senda, no início de 2020 tornei-me membro da Assembleia do LIVRE, bem como do Grupo de Coordenação Local do Núcleo Territorial de Coimbra. Tem sido, de resto, com os companheiros de Coimbra que tenho partilhado uma desafiante viagem pela implantação do partido a nível local, através do contacto com estruturas da cidade e do distrito, de âmbitos tão distintos com os do ativismo ambiental, direitos LGBTQIA+, associações de moradores, movimentos de cidadãos ou grupos de utentes. O culminar deste esforço materializou-se na associação do LIVRE ao movimento independente Cidadãos Por Coimbra, que assim contribuiu para o reforço desta plataforma cidadã de convergência progressista à esquerda, que conta já com uma longa história na cidade de Coimbra.

Apresentação de candidatura

Estas legislativas surgem num momento muito sensível da vida política nacional – a dissolução da Assembleia da República ocorre especificamente como consequência da falha de convergência à esquerda. Embora tal tenha ocorrido num momento que inequivocamente é favorável ao partido no governo, não deixa de ser incontornável que a restante esquerda parlamentar fica “mal na fotografia”, ao estar disposta a interromper um ciclo de relativa prosperidade, face à indisponibilidade para fazer cedências programáticas. O LIVRE quer ser o partido que oferece uma verdadeira renovação à esquerda, com políticas progressistas assentes num europeísmo integrador – porque o verdadeiro progresso só é possível se toda a Europa caminhar conjuntamente em direção a mais justiça ambiental e social. E, para lá chegar, fundamental vai ser a capacidade de estabelecer convergências; desafio para o qual o LIVRE apresenta uma vocação natural.
De facto, este momento da vida política nacional, apesar de inesperado, poderá perfilar-se como a oportunidade porque esperávamos para fazer assentar na Assembleia da República uma força política cujas propostas são inabalavelmente fundadas em evidência científica, e a liberdade anda de mãos dadas com o respeito por todos os membros da nossa sociedade – bem como do meio ambiente, que generosamente connosco é partilhado. Coimbra, em particular, precisa de eleger representantes que estejam disponíveis para bater-se pela efetiva descentralização de competências do Estado central, e nisso valorizar as mais-valias que os vários quadrantes do território têm para oferecer. Lamentavelmente, a extraordinária qualidade de vida que cidades de dimensão média (como Coimbra ou Figueira da Foz) oferecem apenas encontra paridade na respetiva lacuna de valências – emprego, serviços e equipamentos – face aos grandes pólos urbanos nacionais.
Por outro lado, é importante que o país seja capaz de escolher o desenvolvimento verde que realmente interessa – o que naturalmente excluirá grande parte das iniciativas recentes, que frequentemente nos são apresentadas com o pressuposto de virem sustentar a criação de recursos renováveis e ecologicamente sustentáveis, quanto consistem, na realidade, na destruição de amplos ecossistemas ou num prejuízo pesado demais para as comunidades locais em que se inserem e para a sua qualidade de vida. Não é desta economia verde que precisamos, pelo que o contributo do LIVRE para equilibrar esta “balança” se afigura como fundamental.