Candidato por Fora da Europa

Naturalidade

Casegas, Covilhã

Local de Residência

Washington DC (EUA)

Nacionalidade

Portuguesa

Profissão

Cientista

Apresentação Pessoal

Eu sou o Marco Craveiro e vivo há 7 anos na capital dos EUA, Washington DC. Doutorado em Bioquímica pela Universidade de Coimbra, acabei por derivar para a investigação em Imunologia, o que eventualmente me trouxe para os National Institutes of Health (NIH), primeiro enquanto Pós-doutorado e mais recentemente enquanto Cientista.
Nasci em Casegas, uma pequena aldeia do Concelho da Covilhã, onde vivi até ingressar na Universidade. Em Coimbra, procurei conjugar os estudos com o associativismo académico, tendo sido membro da Associação Nacional de Bioquímicos e presidido ao Núcleo de Estudantes de Bioquímica. Em 2009 o programa doutoral do Centro de Neurociências e Biologia Celular (CNC) levou-me até Montpellier, cidade no Mediterrâneo francês onde acabei por viver quase 5 anos e o meu interesse pela Imunologia começou. A Ciência assume-se pois como grande parte da minha vida, sendo uma paixão, o meu ganha-pão, mas sobretudo uma maneira de estar e pensar.

Quando não estou entretido com linfócitos divido o meu tempo entre concertos de Punk Rock e discussão política com os amigos, coisa nada fácil nos EUA onde a pessoa mais à esquerda se sentiria confortável no centrão Português.

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Apresentação de candidatura

Sou apoiante do Livre desde a sua fundação, pois partilho da crença nos valores que o partido preconiza: justiça social, proteção ambiental, europeísmo e democracia participativa. A verdade é que estes não são apenas os valores do Livre, mas princípios com que a maioria dos portugueses e europeus se identificam. Daí que considere preocupante a contínua deterioração económica e social das populações ao longo dos últimos anos. Este ataque à coesão social não é fortuito mas sim o resultado calculado de anos e anos de políticas neoliberais e que em têm levado ao crescimento de movimentos identitários de cariz ultranacionalista que colocam em causa a solidariedade entre povos e a construção da União e paz Europeia.
Objetivamente, os padrões de vida têm melhorado em todo o mundo. No entanto, continuamos a confundir desenvolvimento com crescimento económico e a indexar políticas ao produto interno bruto (PIB), que mais não é do que que uma medida do tamanho da economia e está longe de refletir o bem-estar da sociedade. Consequentemente, as políticas que resultam em crescimento económico são vistas como benéficas para o país mesmo quando levam à destruição do tecido social. Sim, Portugal é, a nível Europeu, um país pobre e há certamente limites à condução de certas políticas. Mas há também um problema crónico de corrupção, omissão de responsabilidade cívica e falta de capacidade em planear a médio/longo prazo que levam ao desperdício dos parcos recursos à disponibilidade do país.

Para resolver os problemas que advêm da corrupção e planeamento deficitário há que fomentar uma democracia mais aberta sendo para isso necessária uma reformulação do sistema eleitoral e administrativo que permita a participação direta dos portugueses, descentralize o Estado e retire aos partidos políticos o controlo cerrado das instituições públicas. Este tipo de mudanças só poderão ser realizadas através de uma reforma constitucional, que deverá ser aberta a consulta pública e na qual a sociedade civil terá voz principal.

Ainda assim, estas reformas estruturais apequenam-se perante aquele que é hoje o maior obstáculo à Humanidade, as alterações climáticas. Quaisquer decisões levadas a cabo têm que considerar primeiramente este desafio e isso passa por começar a contrariar o paradigma defendido por políticos e economistas de que a solução está no crescimento verde. O crescimento infinito é incompatível com um mundo finito, pelo que urge começar a discutir os nossos próprios limites e a necessidade de decrescimento económico, ou seja, a redução do consumo material e energético. Essa redução terá que ser levada a cabo principalmente nos países mais desenvolvidos, com dívida ecológica maior, permitindo assim uma melhor redistribuição da riqueza e criando espaço para países mais pobres se desenvolverem.
Finalmente, esta solidariedade que defendo, permitirá combater o colapse ecológico e ao mesmo tempo melhorar as condições materiais de grande parte dos povos, diluindo assim aquele que se constitui como o outro grande desafio à construção europeia, as migrações.

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