Candidato por Lisboa

Naturalidade

Carnaxide, Oeiras

Local de Residência

Benfica

Nacionalidade

Portuguesa

Profissão

Gestora Financeira

Apresentação Pessoal

Boa tarde,
O meu nome é Isabel e sou formada em Ciência Política e Filosofia Política. Durante vários anos debrucei-me com afinco sobre vários temas particularmente no campo da justiça distributiva, cerne das questões contemporâneas que considero de relevo.
Nos últimos 4 anos tenho trabalhado como gestora financeira, o último dos quais numa start up na área tecnológica, onde tenho sido responsável pela condução de todos os processos administrativos, financeiros e burocráticos para a sua gestão.
Até hoje não tive envolvimento político. não por falta de interesse mas por não me rever nas propostas apresentadas pelos partidos portugueses.É com enorme interesse e entusiasmo que vejo o Livre assinalar esta abertura democrática de abrir as suas primárias ao cidadão comum pois creio que simboliza uma vontade de construir propostas sérias, responsáveis e responsivas a todos os portugueses.
Tenho várias questões que me são particularmente queridas pela minha experiência pessoal e que passarei a detalhar na secção da candidatura e penso que a política deve ter lugar para pessoas que como eu procuram lutar por causas em nome de princípios e não de interesses. As causas que reflectem as minhas experiências são minhas, mas são também de todos, no sentido em que reflectem problemas criados por um sistema económico injusto e arcaíco que precisa urgentemente ser reformulado e repensado para uma sociedade assente em clivagens fundamentalmente diferentes que as das gerações que nos antecederam.
Nos meus tempos livres escrevo, particularmente gosto de estudar temas de economia política e apontar as minhas reflexões e viajo sempre que posso, não para fazer turismo, mas para me confrontar com outras realidades que me tragam mais humildade e me façam repensar o que tomo como adquirido. Sou uma pessoa de fortes princípios éticos e com coragem para dar a cara quando outras pessoas não o fariam. Acredito no diálogo democrático e que há espaço para todas as vozes, sobretudo que a dialéctica entre forças políticas é fundamental e enriquecedora para o nosso sistema político que infelizmente tantas vezes se tem focado no oposto.
Apaixonam-me as pessoas e as causas sociais, tendo já feito voluntariado por algumas causas como seja a alfabetização de menores na Turquia ou projectos de alimentação de sem-abrigo.
Sou mão de duas meninas gémeas e gostava de ter uma voz para poder lutar por um mundo melhor, mais justo e mais sustentável para elas também.

Apresentação de candidatura

Existem uma série de questões que penso serem incontornáveis nos nossos tempos e precisam de ser verdadeiramente trazidas para o debate público. Quero focar a minha candidatura nos seguintes temas:
– A construção de uma proposta viável para a implementação do RBI; -Reformulação dos mecanismos de protecção social, sobretudo no que toca aos requisitos para certos tipos de transferências. Importa falar de redesenhar estes mecanismos de acordo com o que têm sido as transformações no mundo do trabalho nos últimos 15 anos, a precariedade contratual e as suas novas clivagens emergentes e um cenário futuro de tecnologização de muitos postos de trabalho;
-A canalização de fundos para a criação de creches e jardins de infância públicos e totalmente gratuitos para todas as crianças, que segundo estudos feitos são o maior indicador de quebra de pobreza inter-geracional ao retirarem uma grande percentagem de mulheres (e consequentemente os seus filhos) de situações de precariedade laboral;
-O combate à fuga fiscal e ao nepotismo através de uma maior fiscalização dos fundos do estado e da sua execução;
-A revisão dos mecanismos de apoio a pessoas portadoras de doenças crónicas, particularmente de doenças e síndromes incapacitantes que não têm ainda hoje apoio em termos de complementação dos seus rendimentos;
– A formação contínua e revisão dos incentivos, sistemas de avaliação e penalização na função pública de modo a criar serviços públicos de qualidade e responsáveis;
– A criação de um sistema de incentivos fiscais para indústrias e empresas que revelem preocupação com a sustentabilidade ecológica / questões de cariz social;
– A revisão do sistema contributivo por forma a que seja mais progressista e que penalize menos as pessoas com salários baixos;
-A luta por uma jornada laboral mais curta que permita a conciliação da vida laboral com a vida profissional e por penalizações para comportamentos discriminatórios para com prestadores de cuidados familiares;
-A criação de mais intrumentos de democracia participativa a nível regional para melhor gestão de recursos;
-A defesa de uma limitação aos preços das rendas de modo a garatir habitação, uma necessidade elementar, acessível a todos os portugueses;
– A criação de um sistema de apoios a organizações locais de cariz social, particularmente as que cobrem lacunas que o Estado não tem conseguido cobrir;
-O aprofundar das relações no seio Europeu com a criação de um espaço cada vez mais integrado que permita um maior equilíbrio em termos salariais, orçamentais, fiscais e crie oportunidade que permitam colmatar alguns dos nossos problemas sistémicos (como o desemprego).
Fiz questão de escrever aquilo a que me proponho antes de ler a proposta política do LIVRE pois não queria acomodar a minha voz ao partido, no sentido de colocar aqui algo que não seja algo que verdadeiramente me mova para ser aceite no seu seio. Ao ler posteriormente constatei que curiosamente muito se sobrepõe. Penso que o LIVRE pode ser o meu lugar porque verdadeiramente daria quase tudo por estas causas.
Obrigada!

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