Candidata por Lisboa

Naturalidade

Líbano

Local de Residência

Lisboa

Nacionalidade

Portuguesa

Profissão

Empresária

Apresentação Pessoal

Sou filha de imigrantes libaneses que foram forçados a abandonar o Líbano durante a guerra civil libanesa, sendo essa uma parte da minha biografia que influenciou o meu percurso passado, presente e futuro. A minha família escolheu Portugal como local de residência nos anos 80 e desde então permanecemos. Vivi e cresci na cidade de Lisboa, onde a integração foi mais pacífica do que poderia ter sido em muitos outros lugares do mundo, mas também apresentou os seus desafios para uma criança solitária, que viveu sempre longe da sua comunidade.
Uma paixão insaciável por livros demonstrada desde muito nova levou a que me formasse em Línguas e Línguas Modernas e, após uma breve passagem pelo mundo diplomático das embaixadas, dediquei-me, durante mais de uma década, a construir uma carreira na edição de livros num dos maiores grupos editorais portugueses.
Quando isso deixou de me satisfazer porque a máquina de fabricar livros se tornara demasiado opressiva, capitalista e rotineira, larguei a segurança de um bom emprego e iniciei uma nova vida, dedicando-me ao negócio de restauração de cozinha libanesa. Abri o meu próprio espaço no centro de Lisboa, a Casa dos Cedros, e ainda tive a alegria de 1 ano e meio de atividade em pleno, antes do início destrutivo da pandemia.
Escrever é uma das atividades que mais me dá prazer e estou a preparar o meu primeiro livro que espero lançar em 2023, mas, até lá, tenho escrito crónicas no “Jornal Económico” e “A Mensagem de Lisboa”, enquanto ainda mantenho ligação à atividade editorial na qualidade de freelancer.
O meu primeiro passo na atividade política consistiu na coautoria do Manifesto para uma Esquerda Livre, apresentado em maio de 2012, e que viria a dar origem à formação do partido LIVRE. Filiei-me no partido por altura das Europeias de 2014, e tornei-me dirigente do LIVRE após as eleições legislativas de 2015. Desde então, juntamente com outros camaradas, ajudámos a dar novos rumos ao partido e a superar muitos momentos em que tantos foram rápidos a assinar a nossa sentença de morte. Ao longo dos anos, tenho feito importante trabalho de implantação do partido em concelhos limítrofes de Lisboa, com destaque para Oeiras (onde fui cabeça-de-lista em 2017 à Câmara Municipal) e Cascais (onde representei o partido, em 2021, na coligação PS, PAN e LIVRE, a segunda maior força política votada no concelho).
É, agora, com muito entusiasmo e motivação que me candidato, em 2021, à minha terceira eleição legislativa enquanto membro do LIVRE.

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Apresentação de candidatura

Porque é que é importante estar o LIVRE na Assembleia da República e porque é que o desejo representar?
Venho de uma família com forte tradição de envolvimento político, de tendência socialista progressista. As mulheres estão normalmente arredadas desse combate político, mas crescer num país da UE permitiu-me expressar as minhas preocupações sobre como podemos propor novos modelos de desenvolvimento para melhorar as vidas das pessoas. Com a fundação do LIVRE, senti que surgira, finalmente, um partido de esquerda verde progressista e europeísta do séc. XXI, que abria caminho para essas propostas.

O contexto atual em que surgem estas eleições legislativas antecipadas reforçam a necessidade de recuperarmos uma política de diálogo e de compromisso e o LIVRE deve fazer parte de uma futura solução de estabilidade para o próximo ciclo governativo, sem servir apenas de muleta, mas lutando por políticas inovadoras e urgentes que respondam aos desafios mais prementes da atualidade.

Se há uma realidade que estes últimos dois anos marcados pela pandemia COVID-19 vieram realçar ainda mais foi a urgência da luta por um Estado Social mais forte, com um Serviço Nacional de Saúde e um sistema de Educação mais robustos e capazes de dar resposta aos desafios globais. As políticas neoliberais que se firmaram nas últimas décadas em Portugal potenciaram uma grave crise da habitação, onde novas gerações estão cada vez mais impossibilitadas de alugar ou comprar casa nos centros urbanos, e empurradas para empregos marcados por elevada precariedade e salários baixos, sendo muitos forçados a optar pela imigração. Precisamos de soluções que permitam construir um novo modo de vida, socialmente justo, mas não só. Um modo de vida compatível com a preservação do meio-ambiente.

O fracasso da COP26 demonstra a urgência de soluções políticas que permitam a tão urgente transição energética que não deixe ninguém para trás. Não podemos correr o risco de ter um mundo em que apenas os ricos têm a possibilidade de sobreviver aos desafios das alterações climáticas. Queremos ajudar a construir as bases para comunidades mais sustentáveis onde impere a justiça social e igualdade. As ações do LIVRE e dos seus eleitos têm de começar hoje para que amanhã não seja tarde demais. Portugal tem todas as condições, no âmbito da União Europeia, de encetar um plano de desenvolvimento económico, social e científico mais ambicioso do que o plano de Resiliência e Recuperação português.

Junto com outros camaradas, espero poder representar o LIVRE na AR com propostas pautadas por grande sensibilidade e uma abordagem mais aberta e intersecional. E também não esqueço que o contexto atual proporciona um crescimento alarmante do nacionalismo-populismo, tornando ainda maior a nossa responsabilidade em lutar por uma democracia absolutamente comprometida com a liberdade e contra todos os instrumentos antidemocráticos que procurem minar direitos humanos fundamentais.