Candidata por Lisboa
Naturalidade
Portuguesa
Local de Residência
Lisboa
Nacionalidade
Portuguesa
Profissão
Professora
Apresentação Pessoal
Teresa V. Sá
Licenciada em Sociologia. Mestrado em Planeamento Regional e Urbano. Doutoramento em Sociologia.
Professora de Sociologia e Antropologia no ensino universitário.
Fui membro antes do 25 de Abril das Brigadas Revolucionárias (PRP).
Depois não voltei a pertencer a nenhuma organização política. As participações cívicas e políticas que fui tendo tiveram a ver com repostas pontuais dentro do local de trabalho, ou em momentos críticos da sociedade portuguesa.
Apresentação de candidatura
Apresento a minha candidatura pelas seguintes razões:
1. Penso que estamos a viver um momento crítico da sociedade portuguesa que pode pôr em causa um “caminho” traçado com o 25 de Abril, que apesar de pouco definido, continha um horizonte de uma sociedade mais justa e mais igual;
2. Neste enredo político que nos levou a eleições antecipadas, causado pela votação contra do Orçamento de Estado pelos partidos de esquerda (Bloco e PC), parece-me pouco clara a posição dos mesmos para a justificação de tal acto, e, sobretudo não encontro neles uma visão de longo prazo relativamente ao desenvolvimento e às transformações necessárias no país que acompanhem as suas reivindicações;
3. O Livre pode ter um papel importante nesse processo, e ser um lugar no qual se juntam, entre outras, pessoas como eu, que não tendo tido ao longo da vida uma actividade política, podem começar a participar em organizações políticas com um modelo diferente do dos partidos tradicionais;
3. Li a apresentação de Rui Tavares da sua Candidatura, e estou de acordo com a importância dos três grandes temas que refere:
1. “O país precisa de uma nova cultura de diálogo e compromisso”
2. “O país precisa de uma política que dê respostas muito concretas às questões mais prementes da vida das pessoas”
3. “O país precisa de uma visão a longo prazo para si mesmo, na europa e no mundo”
É fundamental levantar estas questões e ter algumas respostas que nos indiquem uma direcção por onde seguir, mas não o caminho. É preciso dar condições aos indivíduos para que se organizem e tomem decisões. Para isso, defendo a criação de “espaços físicos” nas empresas, nos bairros, nas escolas, no espaço público, nos quais as pessoas comecem a discutir e propor soluções para resolver as suas necessidades quotidianas que são sempre questões políticas, porque a vida quotidiana de cada um de nós é sempre a materialização de uma política.
Defendo que o caminho por onde devemos seguir, deverá ser pensado/construído pelas pessoas através das suas acções. Muitas respostas podem ser dadas numa lógica “bottom up” (de baixo para cima), se conseguirmos criar um espaço e um “modo de vida” nos quais os indivíduos pensam e decidem em conjunto sobre a melhor maneira de se organizarem: na rua, no bairro, no trabalho…
4. Parto do pensamento de um autor que me é muito caro, Henri Lefebvre, que analisa a relação entre a vida quotidiana e a política.
Defendo a criação de um conjunto de medidas que possibilitem, provoquem, ajudem, a uma cada vez maior apropriação do «espaço físico» e do «tempo vivido» pelos próprios cidadãos.