Candidato por Vila Real

Naturalidade

Chaves

Local de Residência

Montelavar, Sintra

Nacionalidade

Portuguesa

Profissão

Gestor

Apresentação Pessoal

Quando ultrapassamos os cinquenta anos de experiência de vida, e nos aproximamos dos sessenta, não podemos deixar de referir este facto para nos apresentarmos. Já vivemos tempo suficiente para conhecermos o essencial da natureza humana e perdermos muitas ilusões.
Eu, no entanto, continuo a viver em função de sonhos e utopias e tenho como máxima uma quadra do poeta popular algarvio, António Aleixo:
Este mundo só pode ser
Melhor do que até aqui,
Quando consigas fazer
Mais pelos outros que por ti.

Sou casado e tenho dois filhos. Nasci a 25 de Junho de 1964 numa pequena aldeia do concelho de Chaves. Sexto de família de oito filhos. Graças aos valentes pais que emigraram primeiro para a França e depois para a Alemanha, tive mais sorte que muitos outros jovens da minha região e da minha idade, e pude estudar. Fiz até ao 12º na minha cidade e, a seguir ao cumprimento do serviço militar obrigatório, entrei no Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade Técnica de Lisboa e aí conclui a licenciatura em Gestão e Administração Pública, com especialização em Administração Municipal e Autárquica. Nesta área, além do estudo e trabalho de fim de curso, fiz também um estágio nos Serviços Municipalizados de Água e Saneamento de Loures. Entretanto fui jornalista na área de economia e trabalhei para multinacionais tendo desenvolvido projectos de norte a sul do país. Mas onde me senti sempre melhor foi em pequenas e médias empresas onde as pessoas são mais que números mecanográficos e o trabalho de equipa tem verdadeiro sentido. Trabalhei em duas durante vários anos, e depois criei a minha própria micro-empresa. Desde há mais de 20 anos que faço gestão de pequenos centros comerciais na região da grande Lisboa. O que caracteriza este trabalho é que tenho que gerir e proteger o que é comum, respeitando o que é privado. Sempre numa perspectiva de continuidade no tempo, aprendendo com o passado, precavendo o futuro. No fundo, é também essa uma das funções de um político, impedir que os interesses privados se sobreponham aos interesses comuns, respeitando ambos.

O que mais me agrada no facto de ser “patrão” de mim próprio é a liberdade que tenho para usar o meu tempo. E essa liberdade também a dou às pessoas que de uma ou outra forma trabalham comigo. O que é preciso é que as responsabilidades de cada um estejam bem definidas, e que cada um as assuma. Depois, a gestão do tempo, cada um é livre de a fazer à sua maneira. A liberdade é do que de mais valioso um ser humano pode ter e o sistema capitalista e os seus lacaios tudo fazem para privarem os seres humanos da sua liberdade.

Recentemente “conheci” Clarisse Lispector, que é considerada uma das mais representativas escritoras do Brasil do sec XX.
Ela tem uma passagem no seu livro “Um Sopro de Vida” que não posso deixar de partilhar convosco:
– Ela é tão livre que um dia será presa.
– Presa por quê?
– Por excesso de liberdade.
– Mas essa liberdade é inocente?
– É. Até mesmo ingénua.
– Então porquê a prisão?
– Porque a liberdade ofende.

A liberdade que prezo é respeitadora. No mais concreto sentido da popular expressão; “a liberdade de um acaba onde começa a liberdade do outro”. Por isso sempre tive interesse na intervenção política, e em poder contribuir para que todos, e não só alguns, tenham liberdade. Por isso, nas legislativas de 2019 fui candidato do LIVRE pelo Distrito de Vila Real e nas últimas autárquicas fui candidato do LIVRE à Assembleia de freguesia de Algueirão Mem Martins. Por isso me apresento de novo para representar o LIVRE neste desafio das legislativas de 30 de Janeiro de 2022.

Contem comigo

Apresentação de candidatura

Os eleitos para a Assembleia da República, apesar de serem deputados de toda a nação, são os particulares representantes das regiões pelas quais se candidataram e dos cidadãos que a eles o seu voto confiaram. Acredito que, no futuro, com círculos uninominais, mais estreita e exigente será essa ligação.
Tendo eu nascido e crescido no concelho de Chaves, Distrito de Vila Real, e tendo sido candidato pelo LIVRE nesse círculo nas últimas eleições legislativas, nesta altura que a democracia e a liberdade voltam a clamar pela nossa participação, foi para mim natural a decisão de assumir novamente o mesmo desafio.
Quando alguém tem espírito critico, será coerente que tente mudar o que, nas suas convicções, crê que é preciso mudar. Na realidade como cidadãos conscientes, inseridos nesta sociedade cada dia mais sofisticada, extremada e ameaçadora, a responsabilidade em assumirmos as nossas posições é cada vez mais importante. É bom termos em mente a expressão do Martin Luther King: “O que me preocupa não é o grito dos maus. É o silêncio dos bons.”
Se aqueles que nos consideramos mais altruístas, mais solidários, mais respeitadores do próximo, da natureza e de todos os seres vivos à face da terra, defensores de princípios de liberdade, igualdade e fraternidade não nos colocarmos na primeira fila e não gritarmos bem alto na defesa daquilo que consideramos mais justo para todos os seres humanos, então o poder será daqueles contra os quais nos colocamos. Será dos egoístas e gananciosos.
“Devemos sempre tomar partido. A neutralidade ajuda o opressor, nunca a vítima. O silêncio encoraja o agressor, nunca o agredido”, como disse o Nobel da Paz, Elie Wiesel.
Não vejo outra solução para a sociedade humana a não ser que os valores da solidariedade se sobreponham aos valores da competitividade, que o altruísmo e o respeito pelo próximo se sobreponham ao egoísmo e à ganância. Não só ao nível dos seres humanos entre si, mas também na relação entre os estados, entre os vários povos e as várias culturas. Não há futuro para as próximas gerações se o paradigma do consumo desenfreado com a crescente desigualdade, e correspondente destruição maciça do planeta não for substituído por um paradigma mais respeitador da natureza e por sua vez de nós próprios como espécie.
Só com governos que invistam muito na educação e na cultura, um povo cresce livre e lúcido para decidir bem em prol dos seus melhores interesses sem ferir os interesses dos outros povos. Só com uma gestão justa, democrática e transparente, do que é público, se consegue criar um país com uma sociedade justa e democrática. Só através de uma política fiscal justa e democrática se consegue uma justa e democrática distribuição da riqueza que um país cria.
Por ter estas noções, por me preocupar com o presente e com o futuro do nosso país e do mundo onde vivemos, e para me sentir de alguma maneira útil é que me proponho ser candidato na lista do LIVRE.
Obrigado.