Candidato por Lisboa

    

Naturalidade

Lisboa

Local de Residência

Lisboa

Nacionalidade

Portuguesa

Profissão

Técnico Superior

Apresentação Pessoal

Bernardo Marques Vidal, 39 anos, jurista na Secretaria-Geral da Presidência do Conselho de Ministros. Funcionário público desde 2021, mas antes gestor de propriedades, recenseador, técnico de apoio à vítima, gestor de equipas numa startup, gerente de uma vila literária ou estagiário crónico, fiz de tudo um pouco.

Estas apresentações são sempre uma chatice, notas biográficas soltas que não refletem realmente quem somos, o que fazemos e o que nos motiva. Transformo-as, por isso, numa base para o meu pensamento e ambições políticas.

A maioria das pessoas é idealista, mas vive de forma pragmática, fazendo o melhor que pode no dia a dia para respeitar os seus ideais, mas tendo consciência que a realidade a eles se sobrepõe muitas vezes. Pois eu serei o contrário, um pragmático que vive de forma idealista. Parece complicado, mas peço que me acompanhem.

Desde muito cedo que percebi que o mundo não seria aquilo que esperava dele. Que os mitos de evolução e progresso constante que nos foram vendidos enquanto filhos dos anos 80 tinham muito pouco que ver com o mundo real. O fim da história, a revolução tecnológica, a globalização são apenas novos processos no constante sobe e desce da História. Não existem narrativas de glória e sucesso sem momentos de tirania e depressão. Foi assim que me tornei um pragmático, focado em processos e instituições como garantia de perpetuação das pequenas vitórias civilizacionais.
Não consigo, contudo, transmitir esse pragmatismo para a minha vida pessoal ou política, aí domina o idealismo. O que, como seria de esperar, me traz dificuldades várias. Decidi estudar Direito, mas não segui advocacia; decidi expressar-me politicamente, mas não fui para um grande partido. Prefiro sempre a forma mais difícil de fazer as coisas, mas que me garanta uma maior clareza de actuação e pureza de desígnios. Dá-me gozo o desafio, dá-me confiança saber que vou à luta com convicção e liberdade.

É por isto que me dedico ao LIVRE desde 2018, com momentos de maior participação – Eleições de 2019 e Assembleia até meados de 2020; outros de maior afastamento e inatividade – final de 2020; e candidato pela Lista B nas eleições internas, sendo de novo membro da Assembleia desde 2022. Em virtude de uma mudança palpável de paradigma renovei a minha convicção de ter no LIVRE a resposta para o meu espaço político, muito fruto do aparecimento de gente interessada em fazer este sonho vingar. Aqui estou, renovado e com a ambição de fazer mais e melhor pelo LIVRE, zelando pelo meu idealismo inconformado.

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Apresentação de candidatura

Bernardo Marques Vidal

Bernardo Marques Vidal

Deixei acima as declarações que preenchi nas candidaturas anteriores, para me deixar espaço para escrever sobre o que me motiva a candidatar desta vez, sem deixar de fora tudo o que me move na participação política em geral.

O momento político atual é sintomático da recusa da esquerda em lidar com assuntos que, facilmente, são apropriados pela direita: o combate à corrupção e as consequências do aumento da imigração. São estes os assuntos que circulam em força na propaganda populista e que merecem uma resposta de esquerda, de forma positiva e propositiva.

O combate e a prevenção da corrupção assumem hoje um factor essencial para o desenvolvimento económico, social e político do país. Os impactos deste fenómeno são abrangentes e as suas vítimas directas somos todos nós, cidadãos e cidadãs anónimas que se vêm limitados nas suas escolhas e oportunidades por influência directa da apropriação do bem comum por interesses individuais.

A qualidade de uma sociedade revela-se na solidariedade entre os seus membros constituintes e na força das suas instituições e ambas são fortemente afectadas pela corrupção. Não podemos, por isso, continuar a enfrentar este problema ignorando o seu profundo impacto nas más decisões políticas que enfraquecem a capacidade da comunidade de responder aos desafios essenciais para o seu desenvolvimento. Ignorar este efeito é perder à partida a luta contra as alterações climáticas, contra a desigualdade, contra a sociedade de bem-estar que defendemos.

Já sobre os efeitos do aumento da imigração, a perspetiva não é de combate, mas de integração. Contudo, primeiro teremos de ter noção que a imigração tem impactos na sociedade, não na perspetiva dos populistas, do desvirtuamento cultural ou de substituição populacional; mas de resultar de redes de imigração abusivas, que colocam os imigrantes em situações precárias e desprotegidas, e dos impactos que dezenas de milhar de pessoas nestas condições acabam por criar nos locais onde se fixam. Resolver os problemas dos imigrantes não é meramente altruísta e humanista, é contribuir para a construção de uma sociedade mais saudável e equilibrada, esvaziando as narrativas simplistas da direita que clamam pela expulsão dos imigrantes, aproveitando-se da natural desconfiança que todos temos em relação ao que nos é estranho.