Naturalidade

Tomar

Local de Residência

Braga

Nacionalidade

Portugal

Profissão

Empresária

Apresentação Pessoal

Chamo-me Teresa Salomé Mota, fui professora de Geologia/Biologia e investigadora em História da Ciência, área em que me doutorei. Atualmente sou responsável por uma empresa de serviços geológicos dedicada, em especial, à gestão e conversação do património geológico.
Nasci em Tomar, estudei, trabalhei e vivi em Coimbra, Braga e Lisboa, actualmente habito e trabalho em Braga. Ter vivido vários anos em cada uma destas cidades permitiu-me conhecer a realidade e as idiossincrasias locais, circunstância que reforçou a consciência que tinha vindo a construir relativamente à importância cívica de actuar em prol da comunidade. Apesar de já ter colaborado em alguns movimentos de causas sociais progressistas, como a defesa da interrupção voluntária da gravidez, o apoio dado ao movimento LGBT e a participação no DiEM, só agora decidi envolver-me no que posso, talvez, designar por ‘política activa’, até porque foi apenas no LIVRE que encontrei os valores com os quais verdadeiramente me identifico e pelos quais estou disposta a lutar enquanto cidadã de esquerda.

Redes Sociais

Apresentação de candidatura

Nas últimas décadas, assistiu-se a profundas mudanças políticas, económicas e sociais em todo o mundo. Em Portugal, em particular, a crise financeira internacional levou à intervenção da ‘troika’ que impôs um programa de austeridade claramente apoiado por um governo de direita neo-liberal cujas políticas afundaram ainda mais uma economia historicamente débil, fragmentaram o tecido social, aumentaram o fosso entre ricos e pobres e precarizaram as condições laborais. A solução encontrada para fazer face a este estado das coisas era há muito defendida pelo LIVRE: a união dos diversos partidos de esquerda. Infelizmente, o LIVRE não conseguiu os votos suficientes para se juntar a essa união e contribuir para a sua construção. Assistiu-se, entretanto, à formação de um governo socialista apoiado pelos partidos de esquerda com assento parlamentar, numa união que viria a ficar conhecida como Geringonça e que trouxe esperança de mudança aos portugueses.
Apesar de alguns inegáveis avanços sociais alcançados pela Geringonça durante a legislatura que ainda decorre, chegámos a 2019 com um ainda longo caminho a percorrer em, praticamente, todas as áreas da governação, com destaque para aquelas ligadas às questões ambientais. Vivemos um estado de emergência ambiental, sendo necessário implementar sem demora medidas não apenas firmemente sustentadas no conhecimento técnico-científico mas também amplamente reconhecedoras da relação indissociável entre o ser humano e os outros seres vivos e não vivos com quem partilhamos a Terra. Tendo como (utópica?) referência última a visão da Natureza oferecida por Thoreau, defendo que é através da acção política no sentido que lhe foi dado por Hannah Arendt que será possível tomar decisões a nível ambiental eticamente sustentadas. É neste âmbito que uma das minhas maiores preocupações diz respeito à perda da diversidade natural devido a causas antrópicas, um processo que é necessário parar e se possível inverter sob pena de perdermos a nossa própria identidade humana.
A nível económico e social, entendo que uma das prioridades da esquerda deve ser a implementação de medidas que permitam uma maior distribuição da riqueza de modo a diminuir o fosso existente entre ricos e pobres. Simultaneamente, o Estado deve implementar políticas que promovam a mobilidade social, nomeadamente através do investimento no sistema público de ensino e da prestação de apoios sociais. Defendo a necessidade de um abrandamento do nosso estilo de vida, com redução do horário de trabalho semanal e a possibilidade de trabalhar em part-time para quem assim o entenda, de modo a dispormos de mais tempo para estar com os amigos e a família, dedicarmo-nos aos nossos hobbies, para ler, pensar e reflectir, e para participar efectivamente enquanto cidadãos na vida das nossas comunidades. É neste sentido que entendo ser do maior interesse discutir a possibilidade de uma política de prosperidade sem crescimento, na senda das ideias defendidas por Tim Jackson.