Naturalidade

Líbano

Local de Residência

Lisboa

Nacionalidade

Portuguesa

Profissão

Empresária

Apresentação Pessoal

Sou natural do Líbano, tendo adotado Portugal, o país que me viu crescer. Portugal é uma história improvável que nasceu do desejo por uma vida melhor. Como em todas as histórias de imigrantes que partem em busca de um novo mundo, crescer entre duas culturas nem sempre foi fácil. Até aos meus anos de faculdade, tenho ideia de ter habitado quase inteiramente no mundo de livros. A leitura trazia-me uma grande alegria, o que me levou a escolher a área das Línguas e Literatura na universidade (Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa).

Mais tarde, estabeleci-me profissionalmente nessa área onde desenvolvi uma carreira como diretora editorial que durou cerca de 10 anos e onde trabalhei com grande paixão e dedicação em vários projetos dos quais me orgulho. Razões familiares levaram a uma mudança de trajetória e recentemente enveredei pela área da restauração, tendo aberto o meu próprio espaço em Lisboa, a Casa dos Cedros, dedicado à cozinha, doçaria e mercearia do Líbano.

O interesse pela política desenvolveu-se nos anos da austeridade, anos esses em que se assistiu a um desmantelamento do Estado Social e à progressiva perda de direitos fundamentais dos portugueses, o que me levou a dar os primeiros passos na política através da iniciativa política da sociedade civil “Manifesto para uma Esquerda Livre” (2012).

O surgimento do partido LIVRE em 2014 permitiu que me envolvesse plenamente num coletivo que, desde então, tem desenvolvido formas pioneiras de fazer política em Portugal, tendo como principais pilares a Esquerda, Liberdade, Europa e Ecologia. Em 2015, fui candidata às eleições legislativas pelo movimento LIVRE/Tempo de Avançar. Em 2017, avancei como cabeça-de-lista pelo LIVRE à Câmara Municipal de Oeiras, tendo adquirido uma experiência memorável sobre política local e que me permitiu reconhecer as diferentes dinâmicas da realidade municipal.

Para além da atividade empresarial e política, sou colunista no Jornal Económico, com publicação quinzenal na edição impressa.

Redes Sociais

https://twitter.com/SafaaDib

Apresentação de candidatura

No filme “O Candidato”, Robert Redford interpreta o papel de um candidato idealista que está a disputar uma eleição em que, gradualmente, vende a sua alma ao diabo, para conseguir ascender na classe política. Ao longo das décadas, tem crescido esta imagem do político ambicioso (no mau sentido), oportunista, hipócrita e que deixou de zelar pelos interesses do público. Face a uma ação política que está bastante desacreditada, registamos atualmente grande indiferença e apatia por parte de uma população que deixou de acreditar no ato de votar, a julgar pelos elevados números da abstenção.

Como recuperar a confiança do eleitorado e fazê-lo acreditar que vale a pena ir votar às urnas e que esse gesto tem um impacto nos seus quotidianos? Apresentando a eleições rostos novos, conscientes do seu dever cívico, com a capacidade de inspirar esperança e a certeza de que irão desempenhar o seu trabalho com conhecimento, empenho, integridade e transparência.

As batalhas políticas que nos esperam na década 20 do séc. XXI não são de menosprezar. Findo o voto útil em Portugal após a constituição inédita da Geringonça, temos agora finalmente a possibilidade de votar naqueles que irão representar uma nova esquerda para o tempo presente e futuro. E que nova esquerda desejamos? Uma esquerda capaz de projetar uma visão pós-capitalista e que prepare a sociedade para os desafios da automação, alterações climáticas e profundas desigualdades sociais e económicas, sem deixar ninguém para trás. Uma esquerda capaz de pôr fim à corrupção sistémica e compreender que o futuro só fará sentido se for igualitário e paritário, solidário e progressista. Pode implicar uma ruptura com velhas formas de agir e pensar, mas talvez seja a função dos políticos de hoje preparar o terreno de transição para um mundo mais sustentável e equilibrado.

Este é um trabalho político que não poderá ser feito apenas por uma geração, mas várias. Espero que seja possível, nas próximas legislativas, começar esse trabalho o mais rápido possível. Até porque muito resta ainda por fazer na sequência de uma Geringonça que repôs a esperança, mas ficou aquém das expectativas.

Com a minha candidatura às legislativas de 2019, espero poder dar início a este percurso de renovação e mudança. Termino a minha apresentação com as palavras da autoria de Ursula Le Guin: “You cannot buy the Revolution. You cannot make the Revolution. You can only be the Revolution. It is in your spirit, or it is nowhere.”