Os voos noturnos que o governo quer permitir entre 18 de outubro e 28 de novembro representam 41 noites seguidas de desassossego para milhares de lisboetas. A CML deve-se posicionar fortemente contra.
O aeroporto Humberto Delgado é uma fonte de ruído e de perturbação do sono e da qualidade de vida de milhares de lisboetas. O horário de restrição de voos noturnos, entre as 00:00 e as 06:00, é já curto e frequentemente desrespeitado.
O governo quer agora levantar a restrição de voos noturnos, entre 18 de outubro e 28 de novembro, “face à necessidade de atualização do sistema de controlo tráfego aéreo por razões de segurança operacional da aviação civil”. São 41 noites seguidas em que os lisboetas vêem o seu sono ainda mais perturbado, o que o LIVRE considera inaceitável.
Este levantamento da restrição de voos noturnos acontecerá por aprovação de uma portaria – que será sujeita a uma consulta pública, a lançar brevemente – que derroga temporariamente a Portaria n.º 303-A/2004. Contudo , para participar na consulta pública, os interessados têm de se inscrever AGORA, entre 8 e 18 de agosto, num prazo claramente insuficiente, pouco publicitado e lançado a meio de agosto.
O LIVRE considera que a Câmara Municipal de Lisboa se deve posicionar contra o levantamento temporário da restrição de voos noturnos e questiona o presidente da CML Carlos Moedas sobre que diligências já tomou neste assunto.
O LIVRE questiona o governo sobre a necessidade deste levantamento da restrição, com tantos custos a nível da saúde e do bem-estar e dos lisboetas, e apela a que seja encontrada outra solução menos impactante para a atualização do sistema de controlo aéreo. Além disso, o LIVRE condena o momento do lançamento desta consulta pública, em pleno agosto e com prazos tão curtos.