Apurados os resultados, há três conclusões principais que podem ser retiradas: o LIVRE falhou o seu objetivo de eleger, o PS é o partido mais votado e as esquerdas, no seu conjunto, estão agora mais próximas das direitas.
O LIVRE não alcançou o resultado a que se propôs, a eleição de um deputado para o Parlamento Europeu. Este resultado, contudo, acontece num panorama de consolidação do LIVRE como força necessária no panorama da esquerda em Portugal, tendo ficado a uma curta distância da eleição e sendo o melhor resultado em termos percentuais da história do partido.
Estas eleições europeias tiveram lugar em circunstâncias especiais, poucos meses após umas eleições legislativas antecipadas e em véspera de feriado. É com tristeza que registamos os valores da abstenção, que, apesar de inferiores àqueles observados há cinco anos, são indicativos de um conjunto de fatores contrários à saúde democrática, desde a pouca importância dada às eleições europeias até à data possível para o ato eleitoral. A possibilidade do voto em mobilidade foi, apesar de tudo, uma boa forma de facilitar a participação eleitoral, sendo uma prática a repetir sempre que possível.
Ao Francisco Paupério, à Filipa Pinto, a todas e todos aqueles que constituíram a lista do LIVRE, à equipa de campanha e a todas e todos os voluntários, o nosso obrigado.
Sendo o partido de esquerda que mais cresce em comparação com as anteriores europeias e crescendo em relação ao resultado das últimas legislativas, é cada vez mais claro que a alternativa representada pelo LIVRE é aquela que melhor conseguirá fazer frente à extrema direita, e assim o será a nível nacional. Perante o ódio, o amor; perante a agressão e o insulto, a união e as propostas.
Enquanto partido convictamente europeísta, não desistimos da União Europeia. Como membro de pleno direito do Partido Verde Europeu, continuaremos a pensar e trabalhar Portugal na União Europeia. O LIVRE continuará a ser aquilo que já é na Assembleia da República e nas autarquias e freguesias onde está representado, trabalhando também para a Europa: uma força de construção, de propostas e de futuro.