LIVRE defende ampliação de Coimbra-B para receber a Alta Velocidade

LIVRE defende ampliação de Coimbra-B para receber a Alta Velocidade

A escolha do local para a estação de alta velocidade (AV) em Coimbra é uma decisão estratégica para a região. No entender do Livre, a proposta do consórcio Lusolav de instalar a estação a cerca de seis quilómetros do centro da cidade apresenta graves problemas de eficiência, acessibilidade, mobilidade e desenvolvimento urbano. Esta solução compromete não só a integração ferroviária, como também a coesão territorial, sem trazer benefícios evidentes.

Em cidades médias como Coimbra, deslocar infraestruturas-chave para áreas periféricas enfraquece o centro urbano, desvia fluxos de pessoas e de investimentos dificultando a sua revitalização. Em contraste, ampliar a estação atual de Coimbra-B para receber a Alta Velocidade irá reforçar a ligação  com a Av. Fernão de Magalhães e a Baixa, promover a densificação urbana e a regeneração de uma zona com enorme potencial para habitação, comércio e serviços. A opção por Casais do Campo desperdiçaria esta oportunidade, contribuindo para um esvaziamento progressivo do centro da cidade. Depois do erro cometido de encerrar a Estação Nova na Baixa de Coimbra, voltar a optar por uma solução que afasta a ferrovia do centro de Coimbra não é aceitável.

A experiência de países como Espanha e França demonstra que estações de alta velocidade afastadas dos centros urbanos tendem a falhar. Estas soluções atraem menos passageiros, desvalorizam o investimento público e, a longo prazo, veem reduzido o número de comboios que ali param. Pelo contrário, estações centrais bem integradas na malha urbana impulsionam a economia local e a vida social das cidades que servem.

Avançar com a proposta do consórcio Lusolav é um erro estratégico que prejudica Coimbra em várias dimensões: mobilidade, coesão urbana, sustentabilidade ambiental e desenvolvimento económico. A melhor opção é integrar a nova infraestrutura na atual estação Coimbra-B, reforçando a intermodalidade, promovendo a regeneração urbana e evitando o esvaziamento do centro da cidade.

A alta velocidade deve servir Coimbra, e não afastar Coimbra da alta velocidade.

O Livre defende:

  1. O cancelamento do atual concurso público e a abertura de um novo que tenha em conta as reais necessidades do município de Coimbra.
  2. A ampliação da estação Coimbra-B para receber a Alta Velocidade, transformando-se numa estação intermodal que favoreça a mobilidade sustentável e o desenvolvimento urbano coeso.
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