“Ah! O meu grito de revolta que percorreu o Mundo,
Que não transpôs o Mundo,
O Mundo que sou eu!”
— Amílcar Cabral
Esta quinta-feira, dia 12 de setembro de 2024, assinala-se o centenário de Amílcar Cabral, uma das figuras mais marcantes do século XX e líder incontornável da luta pela independência da Guiné-Bissau e Cabo Verde do colonialismo português. Um homem de ação e pensamento, Cabral foi o pioneiro de uma visão de liberdade e dignidade, um símbolo de resistência e emancipação.
Nascido em Bafatá, Guiné-Bissau, em 1924, Amílcar Cabral dedicou a sua vida à causa da independência, como líder militar e político, e como pensador que denunciava as injustiças do colonialismo europeu. Fundador do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), foi um visionário que compreendeu a importância da mobilização popular e da organização na construção de uma nova nação.
A sua vida foi tragicamente interrompida em 1973, aos 49 anos, antes de conseguir ver concretizada a independência dos países pelos quais lutou. Mas os ideais deste líder, que uniram os povos na luta contra a opressão, continuam a ser fonte de inspiração para todos aqueles que defendem a liberdade, a justiça social e a autodeterminação dos povos.
As suas ideias permanecem vivas e atuais, porque as ideias de Cabral são também ideias de futuro. E assim, enquanto vivemos, mantemos vivo o seu legado, nas ruas que levam o seu nome, nos discursos que reproduzem os seus ideias e nas lutas que ainda continuam.
Hoje, ao comemorarmos os cem anos do seu nascimento, o LIVRE celebra a visão deste líder, a sua coragem e o seu inabalável compromisso com a libertação do povo africano.
