Foi hoje consumado o golpe contra a Presidente eleita do Brasil. Após ter conseguido a reeleição para o cargo com mais de 54 milhões de votos, Dilma Rousseff foi hoje destituída por alegados crimes de responsabilidade – as chamadas pedaladas fiscais. Ora, a razão de ser desta acusação é clara: conseguir nos corredores do Poder o que não foi conseguido nas urnas. E essa motivação já nem sequer é escondida, como se comprova pela entrevista dada ao Diário de Notícias hoje por uma das senadoras que votou contra Dilma onde diz, preto no branco, “é um julgamento político”.
A base legal e moral desta decisão é tão inexistente que, apesar da destituição, Dilma não fica impedida de se candidatar a cargos políticos, no que seria a consequência normal num caso desta dimensão. De referir que o agora Presidente da República Federativa do Brasil, Michel Temer, está atualmente sujeito a esse impedimento durante um período de oito anos.
Houve golpe, segue-se a luta. É preciso que a comunidade internacional e, desde logo, o governo português reconheça e não compactue com o golpe dado à democracia brasileira. A única forma de se conseguir a necessária legitimidade democrática é através de novas eleições. E nelas, o LIVRE estará do lado das forças progressistas, cosmopolitas e ecologistas do Brasil.