Sobre a parada fascista à SOS Racismo

Sobre a parada fascista à SOS Racismo

O LIVRE condena as demonstrações públicas de caráter fascista e racista junto à SOS Racismo, sendo esta mais uma demonstração dos ataques à democracia e liberdade que ocorrem em Portugal. Estas demonstrações têm como objetivo amedrontar e aterrorizar quem luta pelos direitos de todos e todas. 

O LIVRE manifesta profunda solidariedade para com a SOS Racismo, e todos os outros movimentos e associações anti-racistas. A sociedade aberta, plural, diversa, justa e democrática que o LIVRE defende não tolera, nem dá a mão, a demonstrações fascistas e racistas.

Na noite de sábado passado, um grupo de militantes da extrema-direita deslocou-se à sede da SOS Racismo. De rostos tapados com máscaras brancas e empunhando tochas, os participantes nesta manifestação nacionalista replicaram as práticas de organizações supremacistas brancas.

As imagens que circulam deste evento chocam e mostram que o nosso país não está imune à propagação da semente do fascismo e dos nacionalismos que ressurgem em diferentes pontos da Europa.  Estas ameaças, que têm o fim de minar e destruir a democracia plural a que almejamos, têm de ser combatidas de forma inequívoca no nosso dia a dia por todos os cidadãos e cidadãs livres, pelas organizações, associações e partidos democráticos e pelas instituições do Estado.

Já no passado dia 21 de julho, a SOS Racismo tinha denunciado atos de vandalismo na fachada da sua sede em Lisboa, com a mensagem “guerra aos inimigos da minha terra”. Estes casos ocorreram no seguimento de vários atos semelhantes na zona de Lisboa, como a vandalização com mensagens racistas de várias escolas na região de Lisboa e do centro de acolhimento de refugiados da Bobadela. Estes atos mereceram a apresentação pelos Deputados Municipais do LIVRE em Lisboa de um voto de condenação na Assembleia Municipal de Lisboa, aprovado por unanimidade.

O LIVRE não tolera manifestações de caráter fascista, racista ou xenófobo e defenderá sempre e sem tréguas os valores da liberdade, da pluralidade, da justiça e da democracia. Não passarão.