19 outubro – Viva a Cidade para Todas as Pessoas! Não há alternativa à Ciclovia da Almirante Reis
Posted on 15 Outubro, 2021 in Eventos
O LIVRE associa-se a esta iniciativa
CONCENTRAÇÃO POR UMA CIDADE MAIS HUMANA, INCLUSIVA E SUSTENTÁVEL, E PELA DEFESA DA CICLOVIA DA ALMIRANTE REIS.
Ponto de encontro: 19 Outubro || 18h00 || Martim Moniz
A concentração divide-se em dois momentos, que vão decorrer em simultâneo:
– percurso de bicicleta entre o Martim Moniz e a Praça do Município, com subida e descida da Almirante Reis;
– trajecto a pé entre o Martim Moniz e a Praça do Município.
– trajecto a pé entre o Martim Moniz e a Praça do Município.
Podes participar num dos dois, consoante queiras ir a pé ou de bicicleta. O importante é juntares-te, por uma cidade mais saudável e justa para todas as pessoas.
Na Praça do Município, vamos ter um microfone aberto. Um momento para poderes manifestar-te sobre a cidade, de forma livre e espontânea. Iremos, também aqui, homenagear todas os ciclistas e peões vítimas de sinistralidade rodoviária nos últimos anos, e contar com representantes de movimentos ambientais, para nos relembrar porque compete a todos nós, cidadãos, parar a poluição e alterações climáticas.
FACTOS E ARGUMENTOS EM FAVOR DA CICLOVIA DA ALMIRANTE REIS:
– Declive: Ligação com menos inclinação entre a parte alta e a parte baixa da cidade, duas das suas principais zonas a ribeirinha e do planalto central.
– A circulação de veículos de emergência melhorou nesta artéria com a implementação da ciclovia, segundo os próprios condutores desse tipo de veículos: https://fb.watch/8tPuHjm0oL/
– A Avenida Almirante Reis era a via mais perigosa para utilizadores vulneráveis, com o maior número de peões atropelados do país, segundo dados do Observatório do ACP https://observatorio.acp.pt/…/atropelamen…/16/index.html.
Com a implementação da ciclovia o número de peões atropelados nesta artéria diminuiu drasticamente.
Com a implementação da ciclovia o número de peões atropelados nesta artéria diminuiu drasticamente.
– A redução do perfil rodoviário veio mitigar o problema crónico do estacionamento abusivo em 2ª fila
– Os atravessamentos informais tornaram-se mais seguros para os peões, pela redução do espaço de atravessamento.
– Com a Ciclovia a Avenida Almirante Reis tornou-se mais acessível para pessoas com mobilidade reduzida.
– “Só de 2019 para 2020 foi registado um crescimento de 25% na globalidade da cidade e um aumento de 140% com a construção da ciclovia pop-up na Almirante Reis em Junho de 2020” (in Como pedala Lisboa)
– Visibilidade: Promoção deste modo de transporte – não o colocar na porta dos fundos, mas sim na avenida principal (tal como a Av. da República que hoje ninguém discute.)
– É verdade que o tempo de deslocação em automóvel aumentou logo após a implementação da ciclovia, mas este reduziu passado uns meses, sendo hoje em dia muito próximo do anterior à ciclovia (efeito de evaporação do tráfego – encontrou alternativas).
– Há alternativas ao tráfego automóvel. Não há grandes alternativas ao restante tráfego (ambulâncias, autocarros, peões, bicicletas).
– A segurança dos ciclistas aumentou indiscutivelmente.
– A ciclovia da Avenida Almirante Reis é parte integrante de uma das propostas vencedoras do orçamento participativo de 2014 que previa:
“Criar condições para a mobilidade ciclável no eixo Av. Almirante Reis/Av. Guerra Junqueiro/Av. Roma. Esta proposta implica: a criação de um espaço canal próprio para bicicletas na Av. Almirante Reis (ou em faixas Bus onde não for possível [com a ciclovia actual, provou-se ser possível em toda a sua extensão]); a criação de condições para a circulação de bicicletas em ambos os sentidos na Av. Guerra Junqueiro, e a implementação de um percurso ciclável na Av. de Roma”
A Promessa de “A Ciclovia da Almirantes Reis é para acabar” a concretizar-se seria um grave atendado contra a vontade expressa por voto directo dos cidadãos.
“Criar condições para a mobilidade ciclável no eixo Av. Almirante Reis/Av. Guerra Junqueiro/Av. Roma. Esta proposta implica: a criação de um espaço canal próprio para bicicletas na Av. Almirante Reis (ou em faixas Bus onde não for possível [com a ciclovia actual, provou-se ser possível em toda a sua extensão]); a criação de condições para a circulação de bicicletas em ambos os sentidos na Av. Guerra Junqueiro, e a implementação de um percurso ciclável na Av. de Roma”
A Promessa de “A Ciclovia da Almirantes Reis é para acabar” a concretizar-se seria um grave atendado contra a vontade expressa por voto directo dos cidadãos.
VIVA A CIDADE PARA TODAS AS PESSOAS!
NÃO HÁ ALTERNATIVA À CICLOVIA DA ALMIRANTE REIS
Ainda vivemos a Maior Pandemia do Século de uma Doença Respiratória, que estudos apontam ser seriamente agravada pela poluição atmosférica – que já era um grave problema para a saúde das pessoas antes da pandemia.
Independentemente da apreciação global, positiva ou negativa, que fazemos do trabalho da CML nos últimos anos, concordamos que têm sido criadas condições para que mais gente possa utilizar a bicicleta nas suas deslocações dentro da cidade. Entre estas destacam-se a criação de ciclovias, que permitem que pessoas de todas as idades, com diversos tipos de experiência e preparação, possam com segurança optar por utilizar este meio de transporte.
Aproveitando a ocasião da recente eleição de um novo executivo para a cidade apelamos para que este conjunto de medidas, com vista à promoção de uma mobilidade sustentável, não só prossiga como se intensifique e melhore na sua qualidade de implementação.
Décadas passadas desde os planos do Arq. Pais. Ribeiro Telles, Lisboa tem hoje em dia um corredor verde e uma rede ciclável – ainda com algumas lacunas que importam colmatar – que levaram o seu tempo a trilhar e a consolidar. Este processo elevou a capital portuguesa ao patamar de European Green Capital em 2020, e olhando para trás, ninguém deseja um retrocesso, ninguém deseja voltar à cidade que Lisboa foi na década de 90. Não podemos também assistir a um abrandamento súbito do que tem vindo a ser desenvolvido, pois a urgência das alterações climáticas já não o permite.
No fundo, e em linha com tudo o que se tem feito nas principais cidades de todo o mundo e contribuindo também na resposta necessária aos graves e urgentes problemas ambientais que assolam todo o planeta, é hora de agir. Assim como no pós-terramoto de 1755 não se fez a reconstrução da cidade de Lisboa nos moldes da cidade medieval, depois do desconfinamento, a mobilidade das pessoas não pode voltar aos moldes pré-Covid-19.