Lisboa: Mobilidade na Cidade de Lisboa

Lisboa: Mobilidade na Cidade de Lisboa

O LIVRE Lisboa tem acompanhado a atual situação de constrangimentos nos transportes em Lisboa com muita preocupação.

Engarrafamentos, ruas cortadas, metropolitano e autocarros cheios, bicicletas Gira insuficientes, são alguns dos principais exemplos. Os painéis de tempo das paragens frequentemente falham nas estimavas que apresentam ou estão avariados, a aplicação da Carris muitas vezes também não funciona, e a falta de informação sobre as alternativas disponíveis, para o mesmo trajeto, escasseiam. O tempo médio da deslocação casa-trabalho e o regresso em alguns casos mais que duplicou.

As obras de expansão da rede do metro, o Plano Geral de Drenagem e um conjunto de obras necessárias na zona ribeirinha, na zona do Campo Grande e Cidade Universitária não podem constituir meras desculpas.

Há muito tempo que o potencial impacto das obras do Plano de Drenagem era conhecido e que este exigiria uma reorganização da mobilidade na cidade. A Câmara Municipal devia ter preparado esta reorganização com a antecedência que se exigia. Contudo, a constatação de que não foi feito o suficiente verifica-se todos os dias, na vida de quem procura circular em Lisboa. Estamos perante uma responsabilidade partilhada entre o Metro e a Câmara Municipal que por sua vez tinha obrigação de garantir a existência de boas alternativas e da sua articulação.

O LIVRE na Câmara Municipal e na Assembleia Municipal tem vindo a alertar desde o ano passado para a necessidade de planeamento e antecipação e tem apresentado em todas as oportunidades que estão ao seu alcance, diversas sugestões para ajudar mitigar a situação. O Sr. Presidente Carlos Moedas ainda não as acolheu.

Não é momento para desresponsabilização ou responsabilizar terceiros. É momento para a Ação. Neste sentido, o LIVRE sugere à Câmara Municipal de Lisboa a implementação célere das seguintes medidas:

  • Colocação ao serviço de carreiras Shuttle da Carris entre as estações de metro onde a linha está interrompida durante a totalidade do período de interrupção;
  • Criação de corredores BUS ininterruptos onde as linhas de metro estão interrompidas;
  • Indicação em locais propícios os percursos pedonais que dão acesso às paragens de autocarro, a informação explícita quanto aos autocarros que substituem as linhas de metro;
  • Disponibilização de uma aplicação oficial com as perturbações existentes, e atualizadas em tempo real, na circulação do metropolitano e dos autocarros, em Lisboa;
  • Reforço das Carreiras Carris com horários de passagem menos espaçados;
  • Alargamento da rede ciclável de forma rápida e expedita (ciclovias pop-up) nas zonas afetadas pela interrupção do metro;
  • Abertura de mais estações GIRA de bicicletas partilhadas, e reforçar a reposição de bicicletas na área afetada pelas obras da linha do Metro, para permitir o serviço de reposição das GIRA quando em serviço, circular nas vias BUS.

Os Lisboetas merecem a ação da Câmara Municipal AGORA .

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