Acabar com a Poluição do Ar: das cidades ao meio do Alentejo

Acabar com a Poluição do Ar: das cidades ao meio do Alentejo

Acabar com a Poluição do Ar: das cidades ao meio do Alentejo
por um desenvolvimento que respeite as pessoas e a ecologia –

 

Hoje, dia 5 de junho, é o Dia Mundial do Ambiente, que neste ano de 2019 é dedicado pelas Nações Unidas à Poluição do Ar.

A poluição do ar mata mais pessoas do que a fome ou a malária em todo o mundo. Na Europa, as principais causas da poluição do ar são os transportes – sobretudo o rodoviário, a produção de energia, a indústria, a agricultura e a gestão de resíduos.

Portugal aprovou em 2018 a Estratégia Nacional para o Ar (ENAR 2020), com base em diretivas da União Europeias e noutros acordos internacionais. Temos um sistema de monitorização da qualidade do ar com estações por todo o país com atualização diária.

Mas nem tudo está bem, infelizmente. Estima-se que em 2017 tenham morrido prematuramente  em Portugal 3540 pessoas devido à poluição atmosférica.

Enquanto nas cidades o tráfego rodoviário é o principal responsável pela poluição atmosférica, existem pontos localizados do nosso país onde os cidadãos são afetados na sua saúde física e mental por terem a desventura de viver próximo de unidades industriais poluentes.

Exemplos clássicos são os das fábricas de celulose, responsáveis por cheiros no mínimo incómodos e cujos acidentes causam repetidamente impactos ecológicos graves.

As fábricas de bagaço de azeitona são outro exemplo de indústrias poluentes, tornadas mais visíveis nos últimos anos pela situação no Alentejo. A intensificação do olival proporcionada pelo Alqueva (ela própria um problema ambiental e social) veio agravar a situação, com mais expressão em Fortes Novos, em Ferreira do Alentejo. Nesta vila, as pessoas queixam-se há anos de terem sido abandonadas na sua luta contra a poluição emitida por uma fábrica localizada a escassas centenas de metros das habitações.

A inevitabilidade da poluição industrial é apresentada como um custo do desenvolvimento, e os danos causados à saúde e bem-estar das populações como o preço a pagar pelos empregos criados.

Enquanto partido ecologista e de esquerda, o LIVRE rejeita este modelo de desenvolvimento, construído à custa do sacrifício das pessoas e do ambiente. Lutamos por um sistema económico no qual as indústrias que internalizem os custos de neutralizar a sua pegada ecológica e social tenham claras vantagens competitivas.

Até lá, defendemos uma legislação rigorosa na defesa do ambiente e o investimento numa rede de monitorização da qualidade do ar que seja adequada aos desafios atuais. Apelamos também ao reforço dos mecanismos de inspeção e de ação, de modo a garantir uma resposta pronta às denúncias das populações.