O LIVRE Porto alerta com preocupação para o risco de a Linha de Alta Velocidade (LAV), em vez de unir a cidade, criar uma nova barreira intransponível no território da Área Metropolitana do Porto (AMP).
Apesar de ser o maior investimento em mobilidade em décadas, o projeto, especialmente nas zonas de Campanhã e do Freixo, prevê a ocupação irreversível de terrenos que poderiam ser usados para habitação pública, serviços e parques. O traçado atual corre o risco de dividir a cidade, repetindo erros do passado em vez de os corrigir.
O LIVRE defende uma visão alternativa e ambiciosa. Que a construção da LAV seja o catalisador para a transformação da VCI e da Circunvalação, com infraestruturas integradas ou enterradas, dando lugar a parques, jardins e habitação pública. Esta visão deve ser acompanhada por um plano de mobilidade mais vasto, que inclua a expansão do Metro e o reforço do transporte público.
A LAV é necessária, mas este é o momento de pensar em conjunto para que o projeto, daqui a 50 anos, seja visto como um bom legado. O LIVRE defende uma construção participada, que sirva o interesse público e que garanta um futuro mais coeso para o Porto.
