O Metrobus não pode ser uma solução feita à parte da cidade

O Metrobus não pode ser uma solução feita à parte da cidade

O Núcleo de Braga defende que a discussão sobre o metrobus deve ser pensada de forma mais abrangente e integrada na cidade que desejamos para o futuro. Não se pode apresentar uma solução avulsa, desligada da vida dos cidadãos. É necessário um debate sério, que vá além da conversa populista e se centre em soluções técnicas e estratégicas para os problemas de mobilidade.

O Núcleo de Braga reconhece o potencial do BRT (Bus Rapid Transit) como uma solução possível no que respeita ao transporte público coletivo. No entanto, para garantir a sua eficácia, é fundamental que este tipo de  projeto seja bem estruturado, primeiro, e adequadamente implementado, sempre em diálogo com os cidadãos, com o apoio de quem pensa os temas da mobilidade do ponto de vista técnico e académico e que sejam encontradas soluções para os percursos mistos que comprometem a funcionalidade e a rapidez do serviço. 

O objetivo da discussão sobre o Metrobus deve ser encontrar as  soluções mais adequadas para que Braga seja, num futuro próximo, uma cidade ambientalmente e socialmente sustentável onde seja possível aos cidadãos movimentarem-se da forma mais livre possível. Este projeto deve ser feito de acordo com as necessidades dos bracarenses.

Mobilidade para o Presente e o Futuro

O LIVRE Braga defende uma estratégia de mobilidade dividida em três fases:

  • Curto Prazo: É possível fazer melhorias rápidas. O LIVRE defende, com o apoio de especialistas, a realização de pequenos ajustes nos fluxos de trânsito e uma revisão das rotas e horários dos Transportes Urbanos de Braga (TUB);
  • Médio e Longo Prazo: adaptação do plano urbano para incentivar a utilização dos transportes públicos, valorizar as ciclovias e os percursos pedonais, de acordo com as zonas de desenvolvimento da cidade.

Uma Rede de Transportes ao Serviço das Pessoas

O Núcleo de Braga destaca a necessidade urgente de repensar a rede de transportes públicos, em particular nas zonas industriais que estão sub-servidas pelos TUB. Muitas destas áreas são zonas de alto trânsito para trabalhadores que se deslocam entre concelhos.

O partido propõe soluções concretas e inovadoras:

  • Incentivos Empresariais: Lançar um programa-piloto em que as empresas possam oferecer passes mensais a preços reduzidos aos seus trabalhadores, em coordenação com os TUB.
  • Melhoria da Frota e Frequência: Adaptar a frota de autocarros com veículos mais pequenos e elétricos, que possam circular com maior agilidade e frequência, moldando comportamentos e incentivando o uso do transporte público.
  • Horários Adaptados: Coordenar horários específicos com as empresas para acomodar os picos de afluência de trabalhadores, garantindo que ninguém é deixado para trás.

É urgente uma mudança de paradigma na mobilidade, que coloque as pessoas no centro da ação política e responda aos desafios do presente e do futuro. Essa mudança deve passar por reduzir a necessidade e a distância das deslocações, reforçar o transporte público e garantir maior flexibilidade na mobilidade, melhorar a segurança rodoviária e combater a sinistralidade, assegurar uma mobilidade pedonal inclusiva e acessível, e promover formas de mobilidade ativa e sustentável, como a bicicleta.

Acreditamos que o futuro de Braga passa por uma mobilidade livre e democrática. Quando a mobilidade falha, não há liberdade real, e sem liberdade, não há democracia viva.



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