Cada vez mais europeus estão pressionados pelos seus deveres e privados dos seus direitos. Têm o dever de trabalhar, de pagar impostos e de cumprir a lei. Ao mesmo tempo, vão perdendo o direito ao trabalho — com o aumento do desemprego e precariedade dos contratos; à remuneração digna — com os cortes nos salários e os valores de ordenado mínimo muito aquém das necessidades. Cidadãos preocupados não podem contribuir para o desenvolvimento saudável de nenhum país ou da União Europeia. Vivem dia-a-dia com o peso de não poderem planear o seu futuro e de não poderem sequer garantir o seu presente.
É fundamental garantir os direitos sociais e económicos de todos e retomar a confiança nos governos. A implementação de medidas sociais ajudará a reforçar a relação de confiança com os governos e estimulará a participação política de todos.
O LIVRE, no seu programa europeu, faz propostas concretas para resolver questões sociais e laborais.
Com a proposta de acordos colectivos de trabalho para as multinacionais europeias, pretende a equivalência das condições de trabalho entre o país sede e as suas sucursais europeias; com a proibição dos estágios não-remunerados na União, dará aos mais jovens a oportunidade de integrarem em pleno direito a vida activa e terem a sua independência financeira; com a criação de regras comuns de trabalho digno para todos, pretende-se o fim do abuso nas contratações através de empresas de trabalho temporário e a criação de um tribunal arbitral dos direitos do trabalhador; com a criação de regras para salários mínimos na União Europeia, será possível finalmente adaptar o salário mínimo às reais necessidades de cada estado, evitando as desigualdades sociais; com o Rendimento Básico Universal Adaptado, pretende-se extinguir a pobreza e exclusão social daí decorrente; a criação de um plano europeu contra a pobreza infantil permitirá às famílias mais carenciadas e numerosas assegurarem o bem-estar dos seus filhos; a redação de uma Carta Europeia dos Direitos do Cidadão Sénior visa proteger os cidadãos com idades superiores a 65 anos, garantindo a medicação necessária e permitindo o acesso a estabelecimentos de apoio a idosos.
A humanização da política europeia só será possível com a maior participação cívica de todos os cidadãos da União.
O LIVRE veio dar um grande contributo à democracia portuguesa ao organizar as primeiras eleições primárias no nosso país. Contrariamente à política por convite dos outros partidos, as eleições primárias do LIVRE permitiram a qualquer cidadão português ser candidato ao Parlamento Europeu e, caso eleito, ocupar um lugar de extrema importância na tomada de decisões que afetam o futuro da Europa e de Portugal.
Cabe a todos nós a responsabilidade de contribuir para alterar a atual situação do país e da Europa. O voto é o primeiro passo nessa direção. É importante combater a abstenção e motivar os eleitores a participarem nas decisões que afetam a todos.
Convido-vos a lerem o nosso programa para as Europeias e a votarem LIVRE no dia 25 de Maio.
Mariana Topa, candidata do LIVRE