O LIVRE repudia a destruição de dezenas de ninhos de pato-real na sequência de uma limpeza da vegetação junto ao lago do jardim da Almuinha Grande, por parte da Câmara Municipal de Leiria.
É sabido que a nidificação destas aves ocorre principalmente no mês de fevereiro, pelo que era expectável que a limpeza nesta altura iria pôr em causa o nascimento de crias de pato-real. De acordo com Luís Amaral, o criador das casinhas dos patos, terão sido destruídos mais de 50 ovos destas aves.
O LIVRE compreende a necessidade da limpeza daquela zona com o intuito de evitar a ocorrência de cheias, mas não compreende a escolha temporal para o efeito. Os patos-reais são parte integrante da diversidade biológica do espaço urbano que tem que ser protegida. O LIVRE condena ainda as declarações do vereador do Ambiente, Luís Lopes, ao Região de Leiria, que se mostrou indiferente à destruição destes ninhos.
Não é a primeira vez que o executivo municipal de Leiria procede a limpezas deste tipo sem ter em conta as épocas de nidificação, deixando também as margens do rio drasticamente expostas à erosão e à proliferação de espécies invasoras. A população de Leiria tem assistido a várias ações polémicas de limpeza das margens do rio Lis e ribeira de Amor, tantas vezes criticadas pela sua ação excessiva e despreocupada em relação à fauna e flora que nelas existem.
O LIVRE defende uma Leiria para viver e, por isso, considera que mais tem que ser feito pela defesa da sua riqueza ambiental. Para isso, o LIVRE propõe que o executivo elabore, coloque em consulta publica e implemente um Plano de Ação Local para a Biodiversidade ou, no mínimo, planos de trabalho anuais calendarizados para espaços verdes, que tenham aval de especialistas em ecologia.