Acordámos esta segunda-feira com a notícia da vitória de Lula da Silva na primeira volta das eleições presidenciais no Brasil. Restam agora quatro semanas para consolidar a distância e convencer o povo brasileiro de que a esperança e progresso que a candidatura de Lula promete são o caminho para mais justiça social e ambiental.
Se, por um lado, um presidente em reeleição é sempre forte e o bolsonarismo não se apaga facilmente, a vitória do campo democrático é provável e crucial. Em todos os países onde o autoritarismo de extrema-direita triunfou ele libertou demónios difíceis de voltar a pôr dentro da garrafa. O Brasil tem agora a oportunidade de derrotar o líder dessas tendências, rejeitando o populismo refém de um passado que nunca existiu e que apenas tem para oferecer desconfiança, desunião e isolamento.
Numas eleições que são essenciais para os Direitos Humanos, a democracia e o ambiente no Brasil, uma estratégia de convergência e frente republicana face à ameaça da extrema-direita é a que melhor garante a vitória de forças democráticas. No entanto, esta estratégia já não conseguirá impedir o partido de Bolsonaro e os seus aliados de se tornar a maior bancada do Senado, o que irá garantir a continuidade da influência política da extrema-direita na política brasileira.
O LIVRE demonstra a sua solidariedade com a luta de todos os cidadãos brasileiros que defendem o progresso e o internacionalismo para o Brasil – que possam ser uma inspiração para a esquerda em todo o mundo, e que o próximo dia 30 de outubro seja um dia de festa para a democracia. Força!