O papel dos jovens nestas eleições europeias

O papel dos jovens nestas eleições europeias

Mónica LimaOlá!

Muitos de vós estão, neste momento, a ponderar exercer o vosso direito de voto nas próximas eleições europeias, no dia 25 de maio de 2014, e nesse sentido torna-se importante realçar o vosso FUNDAMENTAL papel nestas eleições.

Sei bem que, desde a nossa adesão à então CEE, em 1986, houve algumas alterações no que toca aos valores essenciais do projeto europeu; as políticas de austeridade, a que temos estado sujeitos, e a prevalência dos valores financeiros têm vindo provocar um desgaste significativo na adesão e na confiança dos cidadãos europeus em relação ao projeto inicial da União e da solidariedade na Europa.

Um ideal do projeto inicial que tem vindo a perder-se, nos últimos anos, será, em parte, “o desenvolvimento sustentável na Europa que assentasse num crescimento económico equilibrado e na estabilidade dos preços, numa economia social de mercado, altamente competitiva, que tivesse como meta o pleno emprego e o progresso social e num elevado nível de proteção e de melhoria da qualidade do ambiente”.

Neste momento, sei bem o que não é o direito ao pleno emprego e vós, certamente, saberão do que falo; 15,2% é o valor da taxa de desemprego em Portugal, registado em março de 2014, e 35,4% correspondendo ao valor da taxa de desemprego jovem em Portugal, relativamente a fevereiro do mesmo ano. Já não conseguimos identificar bases sólidas de solidariedade entre os países europeus, sendo distinguidos entre países do Norte e países do Sul, entre os que estão a dever e os que creditam, por exemplo.

No entanto, somos nós, jovens, que temos, simultaneamente, o direito e o dever de exercer a nossa cidadania, sendo-nos atribuído o futuro da construção europeia e da sustentabilidade da Democracia em Portugal, através do voto, nas eleições para o Parlamento Europeu. Democracia, essa, conquistada há, justamente, 40 anos.

Cabe-nos a nós, sendo grande parte dos jovens altamente qualificados, participar nestas eleições europeias através do nosso conhecimento e sua partilha, da participação em debates, do prestável esclarecimento acerca da importância da Europa para a vida de todos nós e sensibilizar o próximo para isso. Somos nós a geração do futuro e esse…tem-nos sido, cada vez mais, posto em causa. A Europa precisa, também, de nós para que se torne mais unida, solidária, justa, transparente e progressista nos seus valores originais.

E, é neste sentido que acredito no programa eleitoral do LIVRE que defende um alto nível de desenvolvimento social, económico e ambiental, as crianças, os jovens, os idosos, independentemente da etnia, sexo, religião e preferência política, tendo sido o primeiro partido a realizar primárias abertas, em Portugal, contando com a participação de qualquer cidadão com capacidade eleitoral comprovada.

É já no próximo dia 25 de maio que se torna crucial a vossa participação, pois, nas palavras de Abraham Lincoln, “um boletim de voto tem mais força que um tiro de espingarda”.

 

Mónica Lima, candidata do LIVRE