Há 13 anos assinalava-se o primeiro Dia Internacional da Visibilidade Trans, criado pela crescente necessidade de realçar as realidades vividas pelas pessoas trans e não-binárias em todo o mundo. Mais de uma década depois, assistimos ainda a um número avassalador de crimes de ódio motivados por transfobia, demonstrando o longo caminho que temos por percorrer enquanto sociedade para assegurar os direitos e segurança da comunidade trans e não-binária.
É ainda extremamente proeminente a discriminação na área do desporto, tendo como um dos mais recentes exemplos a intolerância e preconceito contra a atleta de natação desportiva feminina Lia Thomas. Este tipo de discriminação aumenta em casos de mulheres trans a competir em categorias femininas, salientando o nível de preconceito transfóbico acentuado contra as mulheres, numa amálgama de transfobia e machismo que prevalece nos dias que correm.
O LIVRE relembra a importância de trazer assuntos como estes ao discurso político e social, de forma a aumentar o foco na luta pelos direitos de todas as pessoas trans e não-binárias e na erradicação da discriminação transfóbica e crimes de ódio motivados pela mesma.
Não esquecemos também a necessidade de melhoria dos sistemas de saúde no que diz respeito à inclusão e acompanhamento de pessoas trans e não-binárias e as suas necessidades de saúde, tanto físicas como mentais, devendo investir-se na educação e formação dos profissionais de saúde para questões e identidades LGBTQI+, tanto de acompanhamento clínico como de atendimento.
