Europa deve condenar violência israelita

Europa deve condenar violência israelita

Uma União Europeia fiel aos seus princípios de salvaguarda dos Direitos Humanos não pode compactuar com o assassinato de centenas de pessoas – muitas delas crianças – , nem com a destruição de habitações, escolas, hospitais e de escritórios de imprensa.

Foi convocada para dia 18 de maio, por Josep Borrell, alto representante da União Europeia para os Negócios Estrangeiros e Política de Segurança, uma reunião de emergência dos Ministros dos Negócios Estrangeiros dos estados-membro da União Europeia a propósito da escalada de violência dos últimos dias em Israel e na Palestina.

O LIVRE defende que esta reunião é a oportunidade para que a União Europeia e o governo português corrijam aquela que tem sido a sua posição face a este assunto e que seja denunciada a desproporção de violência perpetrada por Israel sobre a Palestina e a sua população.

Uma União Europeia fiel aos seus princípios de salvaguarda dos Direitos Humanos, previstos nos tratados europeus, não pode compactuar com o assassinato de centenas de pessoas – muitas delas crianças-, nem com a destruição de habitações, escolas, hospitais e de escritórios de imprensa.

As declarações tanto do Ministério dos Negócios Estrangeiros português como de Ursula von der Leyen são por isso lamentáveis, ao ignorarem a escalada da violência sobre a população palestiniana e ao não condenarem nem pressionarem o estado de Israel.

O LIVRE apela ao cessar-fogo imediato e apela também a uma condenação internacional das políticas de anos de despejos e ocupação israelitas que resultam numa clara violação dos Direitos Humanos das populações. O LIVRE reitera ainda as suas posições relativamente a Jerusalém Oriental e à Cisjordânia, ocupadas pelo Estado de Israel de forma ilegal à luz do Direito Internacional, desde 1967.

O LIVRE reforça a sua posição clara de solidariedade para com o povo palestiniano. Mais do que nunca, é fundamental que o governo português e a União Europeia, tal como aprovado pelo Parlamento Europeu em 2014 e pela Assembleia da República em 2015, reconheçam um Estado Palestiniano autónomo e independente,  salvaguardando os direitos do povo palestiniano.

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