As primeiras projeções das eleições legislativas em França dão um resultado histórico para a Nova União Popular Ecológica e Social (NUPES), a perda da maioria absoluta da coligação de Emmanuel Macron, e ainda uma forte subida da extrema direita.
A equivalência promovida pela coligação centrista e liberal francesa, entre a coligação de esquerda ecologista e o movimento de extrema-direita, contribuiu para a normalização do discurso nacionalista, anti-europeísta e polarizador da extrema-direita, e consequentemente, para o seu sucesso eleitoral.
Em vez de defender o voto nas forças plurais e democráticas, o bloco presidencial foi ambíguo no que toca ao voto da segunda volta das eleições. Alguns responsáveis foram mesmo mais longe e apelaram ao voto contra a esquerda, o que em dezenas de circunscrições significou o voto na extrema direita de Le Pen.
A aliança de esquerda que juntou vários partidos da área da esquerda, ecologista e progressista, deverá ser a segunda força com maior número de eleitos na Assembleia Nacional francesa. Este resultado é fruto de uma forte e ampla convergência da esquerda francesa, que soube estar à altura do desafio que se impunha: criar uma alternativa política à do presidente liberal, Macron.
O LIVRE congratula o partido ecologista francês, Europa, Ecologia – Os Verdes (EELV) pela eleição de vários deputados. O sucesso eleitoral da aliança de esquerda deve agora ser a base para a construção de uma maioria social e política que trabalhe, já a partir de amanhã, para uma maioria progressista e ecologista para França.