O Partido Democrático pelos Povos – Peoples’ Democratic Party (HDP) – partido progressista e defensor das minorias da Turquia, tem sido o mais mais ativo na oposição à deriva autoritária de Recep Tayyip Erdoğan sendo, por isso, alvo recorrente de repressão. Recentemente, verificou-se um novo episódio de repressão com a retirada da imunidade parlamentar a Ömer Faruk Gergerlioğlu, deputado do HDP, no passado dia 17 de março. Um procurador público do Tribunal superior da Turquia apresentou, ainda, acusações que têm como objetivo dar início a um processo de ilegalização do HDP.
No passado dia 19 de Março soube-se que 36 dirigentes do partido foram detidos, por serem acusados de ligações aos “rebeldes curdos”.
A União Europeia já partilhou a sua preocupação com as ameaças de abolição do HDP, tendo a Comissão Europeia emitido um comunicado no dia anterior uma reunião com o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan.
A deriva autoritária na Turquia já teve também como consequência a saída do país da Convenção de Istambul, Convenção do Conselho da Europa para a Prevenção e o Combate à Violência contra as Mulheres e a Violência Doméstica, adotada em Istambul, a 11 de maio de 2011.
O LIVRE repudia estes ataques e a repressão de que o HDP tem vindo a ser alvo há 5 anos, mostrando assim a sua solidariedade com os camaradas do HDP que, na Turquia ou desde o estrangeiro, se batem pela construção de uma Turquia para todas e todos. O LIVRE espera que a Comissão Europeia e o governo português, atualmente responsável pela presidência rotativa do Conselho da União, sejam firmes na defesa da democracia na Turquia e na defesa do HDP enquanto parte integrante da mesma.