Portugal deve condenar a erosão das instituições democráticas em Hong Kong

Portugal deve condenar a erosão das instituições democráticas em Hong Kong

O LIVRE urge o governo português a suspender o acordo de extradição com Hong Kong.

O governo Chinês voltou a comprovar a sua deriva autoritária, utilizando a badalada Lei da Segurança Nacional como pretexto para o silenciamento político da oposição em Hong Kong. A pretexto de uma escaramuça ocorrida no parlamento de Hong Kong em maio, destituiu representantes eleitos da oposição, medida vista internacionalmente como desproporcionada, e que apenas foi levada avante pela classificação arbitrária dos deputados como “não patrióticos” ao abrigo da lei da Segurança Nacional

O LIVRE vê com apreensão o aprofundar da posição antidemocrática do regime Chinês, que demonstra a subordinação de um sistema representativo regional à vontade de um regime autoritário. Para além da violação dos acordos firmados aquando da transferência de soberania de Hong Kong para a República Popular da China em 1997, esta ação representa mais um passo no sentido da política de uma China Una, com consequente retrocesso na liberdade política e de representação.

Portugal é, juntamente com a República Checa, dos últimos países da União Europeia que mantém um acordo de extradição com Hong Kong. O LIVRE reitera a posição defendida em setembro e urge o governo português a acompanhar os outros países europeus e suspender este acordo, um tratado que põe em risco cidadãos nacionais, bem como a condenar internacionalmente a erosão das instituições democráticas em Hong Kong.