O Dia da Mulher foi comemorado pela primeira vez em 1911, mas só em 1917, após a greve das operárias russas, a 8 de Março de 1917, que marcou o início da Revolução Russa, passou a ser celebrado a 8 de Março. Em 1975, a Organização das Nações Unidas (ONU) reconheceu oficialmente este dia, durante o Ano Internacional da Mulher. Posteriormente, em 1977, a Assembleia Geral da ONU adotou uma resolução que proclamava o Dia das Nações Unidas pelos Direitos das Mulheres e da Paz Internacional.
Nos últimos anos o número de mulheres nas explorações agrícolas europeias tem vindo a crescer em ritmo lento. De acordo com as disposições do Serviço Estatístico da União Europeia em 2016, cerca de 29% das explorações são propriedade de mulheres.
Portugal situa-se entre os países da União Europeia com maior presença de mulheres no campo, 30% das explorações pecuárias ou agrícolas são chefiadas por uma mulher. Além disso, as mulheres representam ainda 70% dos cônjuges nas explorações pecuárias e explorações agrícolas e que, embora não estejam classificadas como produtores agrícolas, tendem a desempenhar um papel importante na gestão agrícola destas (fonte).
As mulheres agricultoras são portadoras de conhecimentos agrícolas ancestrais e valiosos, essenciais à sustentabilidade dos sistemas alimentares locais, as principais cuidadoras das crianças e dos idosos, e boas gestoras dos recursos naturais. No entanto, segundo a Mais (Mulheres Agricultoras em Territórios do Interior), estas mulheres representam um grupo vulnerável na sociedade portuguesa, invisibilizadas, social e politicamente, em particular devido ao envelhecimento da população agrícola, aos padrões de produção e à organização social, nomeadamente no que respeita à posse da terra, acesso ao crédito e à educação. Além disso, as dificuldades acrescem devido às alterações climáticas, à degradação do ambiente e à dificuldade de acesso às novas tecnologias.
Sendo sensível a esta realidade, o LIVRE Algarve celebra neste dia a MULHER RURAL, salientando a importância que a mulher tem na comunidade e o seu papel fundamental na atividade agrícola, no sustento familiar e na gestão dos recursos naturais.
O LIVRE Algarve reafirma o compromisso de desenvolver políticas de inclusão, de igualdade e empoderamento das mulheres agricultoras e destaca a necessidade de promover programas de capacitação para empoderar as mulheres na produção, elaboração e comercialização de alimentos assim como no desenvolvimento financeiro e empresarial.