Este ano, o Dia Internacional das Cooperativas, que hoje comemoramos, tem uma importância redobrada: no passado mês de junho, a Organização das Nações Unidas (ONU) proclamou 2025 como o Ano Internacional das Cooperativas.
O LIVRE junta-se a esta dupla comemoração lembrando a importância do setor cooperativo e solidário para uma sociedade mais justa, sustentável, e democrática. Para marcar essas celebrações o LIVRE lançará a sua primeira oficina cooperativa, como forma de alargar o debate sobre o setor e fomentar o seu desenvolvimento.
O Dia Internacional das Cooperativas celebra-se a 6 de julho desde 1923, lançado originalmente para divulgar o trabalho da Aliança Cooperativa Internacional. Desde 1992 esta efeméride foi acompanhada pela Assembleia Geral da ONU que estabeleceu a data que hoje marcamos. A importância do sector cooperativo para o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e para um modelo de desenvolvimento de base ecológica e solidária voltam a trazer o cooperativismo para a agenda de ação internacional.
As cooperativas são formadas por iniciativa de um grupo de pessoas que, juntas e em cooperação, criam uma organização coletiva e autónoma para os mais diversos fins. Assim, o cooperativismo é um meio de emancipação pessoal, comunitária e social, que actua em diversas áreas da nossa sociedade, designadamente: agricultura, energia, habitação, educação, cultura, saúde e desenvolvimento social.
Em Portugal, depois de décadas de ênfase no cooperativismo após a Revolução de Abril e a redação da constituição democrática, houve um progressivo decréscimo do número de cooperativas. Contudo, hoje, assistimos a uma nova geração de cooperativismo que tem o potencial de renovar o sector, tendo a dicotomia público-privado falhado reiteradamente em suprir as necessidades sociais mais elementares, muitas das quais em Abril de 1974 pensaríamos amplamente resolvidas no século XXI.
O LIVRE defende desde a sua fundação um novo modelo de desenvolvimento ecológico, solidário e cooperativo. Para que tal aconteça é preciso alargar o debate sobre o cooperativismo para lá do trabalho legislativo e representativo, fomentando o envolvimento da sociedade civil. Com este fim, o LIVRE prepara já a sua primeira oficina cooperativa, a decorrer nos dias 17 e 24 deste mês em horário pós-laboral e com programa a divulgar em breve.