Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto

Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto

Não esquecer, para que nunca se repita.

Há 75 anos deu-se a libertação pelas tropas soviéticas do principal campo de concentração e extermínio nazi localizado na Polónia, Auschwitz-Birkenau. Por isso, a 27 de janeiro assinala-se o Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto, data escolhida pela Assembleia Geral das Nações Unidas para lembrar os milhões de vítimas do genocídio perpetrado pelo regime nazi alemão. Em Auschwitz morreram um milhão de seres humanos, entre os quais judeus, ciganos, homossexuais, pessoas com deficiência e opositores ao regime nazi. Na totalidade dos campos de extermínio nazi morreram cerca de 5 milhões de pessoas.

Exemplo último da barbárie, o Holocausto encontrou justificação na conjugação de teorias racistas amplamente aceites na época com a mais completa desumanização daqueles que dele foram vítimas, com destaque para os judeus. Assim, nesta data, além de ser prestada homenagem à memória das vítimas do Holocausto e de se lembrar as histórias dos sobreviventes, assume-se também um comprometimento com o combate ao anti-semitismo, ao racismo, à xenofobia ou a qualquer outra forma de intolerância e discriminação. Este combate é hoje tanto mais importante pelo facto de, atualmente, estas ideias encontrarem acolhimento e prosperarem em muitos países europeus e no mundo, refletindo-se em discursos de ódio, episódios de discriminação, políticas de segregação ou até no próprio negacionismo do Holocausto (Shoah).

Mas no meio da barbárie, muitos foram os que lhe resistiram, e lembramos aqui os portugueses Aristides de Sousa Mendes, Alberto Teixeira Branquinho, Carlos Sampaio Garrido e Joaquim Carreira, que com a sua ação permitiram a sobrevivência de milhares de judeus e outras vítimas do nazismo.

O LIVRE lembra que à medida que as últimas testemunhas deste arrepiante episódio da História humana desaparecem, aumenta a importância de preservar a sua memória de forma a evitar que episódios semelhantes se repitam. A diferença e a diversidade são valores a respeitar, pelo que devemos lutar por privilegiar a tolerância, o respeito pela dignidade humana e o tratamento igualitário entre todos, dentro de uma visão humanista. Nesta casa comum, que é o nosso planeta, todos temos o dever de construir uma realidade onde possamos viver em harmonia.